santa maria

Especialistas divergem em relação à reabertura de alguns estabelecimentos

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data-filename="retriever" style="width: 100%;"> data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

A retomada gradual das atividades econômicas e a flexibilização do isolamento horizontal se tornaram temas polêmicos em todo o país em meio ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Santa Maria chegou a ficar oito dias seguidos sem aumento no número de casos confirmados de Covid-19 e, a partir de segunda-feira, estabelecimentos do ramo da alimentação poderão reabrir, desde que adotadas as medidas e regras estabelecidas pela prefeitura.

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Para o médico infectologista Fabio Lopes Pedro, as medidas de prevenção adotadas até agora na cidade tiveram sucesso e permitiram o controle da propagação da doença, de modo que serviços de saúde ganharam tempo para se organizarem. Segundo o especialista, o Executivo está agindo de maneira assertiva, com base em dados técnicos locais:

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- São mais de sete dias sem novos casos e menos de 50% da capacidade de leitos ocupada. Então, pode flexibilizar abertura de estabelecimentos conforme nossa prefeitura está conduzindo com muita sabedoria. Ainda nesse ponto, temos que entender que a infecção irá ocorrer e deve ser de uma maneira progressiva. Então, teremos períodos 'abre e fecha', conforme as autoridades locais e epidemiologia determinarem.

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Lopes Pedro ainda reforça que a estratégia deva ser avaliada semanalmente, de acordo com a situação epidemiológica local, e que os grupos de risco, em especial os idosos, devem manter o distanciamento social.

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O presidente da Sociedade Riograndense de Infectologia Alexandre Vargas Schwarzbold também credita às medidas restritivas a estabilidade no número de casos na cidade, no entanto, o médico infectologista defende a manutenção do isolamento horizontal como medida de contenção.

- Acho que isso pode representar um risco (reabertura de estabelecimentos). Como a gente estima que o pico de casos vá ser, provavelmente, em maio, é importante que antes disso a gente mantenha a contenção, exatamente para não ter a perda do controle. E quando isso acontecer, vamos ter que ter um rigor muito maior das contenções, com quarentena. Eu diria que antes de maio não dá para se pensar em estratégias de relaxamento. Acho muito temerário - pondera.

Mas apesar da diferença nos posicionamentos, os dois especialistas concordam que para enfrentar as próximas semanas, é necessária a oferta de novos leitos no Hospital Regional.

- Sem a abertura de leitos, principalmente de UTI, pode ter certeza que não estamos prontos, não é seguro. Nós não temos segurança, ainda, porque não estamos vendo leitos além do que já se tem - diz Schwarzbold.

No início da noite de sexta-feira, a Sociedade Riograndense de Infectologia divulgou um posicionamento em relação às medidas de distanciamento social, em que observa, ao fim da terceira semana de implementação de ações, uma desaceleração no número de casos graves previamente estimados, o que garantiu que todos os pacientes tivessem acesso ao tratamento hospitalar necessário. 

"A precocidade da implantação do isolamento horizontal e seu início concomitante em vários municípios do Estado foram essenciais para evitar, até o momento, uma crise sanitária de maiores proporções nestas primeiras semanas de epidemia no Rio Grande do Sul", diz um trecho do documento. 

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